Secretária Sádia Castro participa de audiência para buscar soluções quanto a presença de aguapés

Foi realizada hoje (23), na sede do Poder Judiciário Federal...

Foi realizada hoje (23), na sede do Poder Judiciário Federal, uma audiência para discutir o acúmulo de aguapés no leito do rio Poti. A reunião contou com a presença da Secretária de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Sádia Castro, e representantes da Semam, Arsete, Agespisa, Águas de Teresina, do MP/PI e Ibama.

A Eichhornia crassipes, ou aguapé, é uma planta aquática flutuante, com grandes folhas redondas. Presente de forma equilibrada, ela possui capacidade de retirar toxinas da água. Contudo, em rios que recebem alto índice de matéria orgânica essa vegetação se prolifera desenfreadamente, impedindo a entrada de luz e a reprodução de algas, que são a base da cadeia alimentar, dificultando ainda a oxigenação da água e navegabilidade no rio.

Em Teresina, a destinação incorreta de esgoto em alguns pontos da zona urbana é o principal motivo para o aumento da carga poluidora no rio, favorecendo o desenvolvimento dos aguapés.

Por se tratar de um rio que permeia os estados do Piauí e Ceará, o rio Poti é de competência federal. Além disso, por lei, a atribuição de licenciar galerias e esgotos e, de multar e fiscalizar os efluentes lançados no rio Poti é municipal, cabendo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos apenas contribuir e dar suporte às ações dos outros órgãos.

Entretanto, durante a audiência, a Secretária de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Sádia Castro, reafirmou o compromisso da Semar em contribuir para uma solução mais incisiva em relação aos aguapés no rio Poti.

“A Semar irá contribuir com técnicos para compor a equipe de fiscalização de campo e, em comissão, com a Semam, Arsete , Agespisa e Águas de Teresina vai apresentar um estudo de viabilidade técnica e financeira para implantação de solução que encaminhe para rede de esgotamento sanitário os resíduos que chegam pelo sistema de drenagem antes de ser despejados no rio Poti”, explica a secretária de Meio Ambiente Sádia Castro.

"São alternativas que estamos buscando para que mude esse cenário que vemos todos os anos em nosso rio. Destacamos que é importantíssimo que seja feito um diagnóstico dos maiores poluidores do rio”, encerra a secretária.

Sobre o Rio Poti:
Segundo levantamento da Semar/PI, o rio Poti possui uma área de 52.202 km². Desse total, 72,32% pertencem ao Piauí; 23,91% ao Ceará e 3,77% estão na área de litígio entre os dois estados. A bacia do Poti abrange, total ou parcialmente, 81 municípios: 60 piauienses e 21 cearenses.


Já a bacia do Longá apresenta uma área total de 24.196km², dos quais 92,2% estão no Piauí; 5,1% no Ceará e 2,6% em área de litígio. O rio passa por 49 municípios – 41 piauienses e oito cearenses

 
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